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Friday, 12 September 2025

Uma análise IA do meu texto sobre a Rússia e as suas provocações, nomeadamente contra a Polónia

 A Rússia ataca a Polónia quando Von der Leyen estava a rever o seu discurso sobre o Estado da União Europeia

Victor Ângelo, no Diário de Notícias de hoje 12/09/2025 Uma vez mais, Vladimir Putin mostrou o seu sentido de oportunidade. Sabe explorar os acontecimentos políticos a seu favor, ou seja, enviar as mensagens que baralhem os planos dos adversários e fortaleçam o seu poder. É uma liderança astuta. Não pode ser tratada por amadores nem por líderes incapazes de explicar às suas populações o perigo que Putin representa. É um erro pensar que é possível assinar tratados de paz, mutuamente vantajosos, com gente assim. Horas antes do discurso anual da Presidente da Comissão Europeia sobre o Estado da União, Putin fez disparar cerca de uma dúzia e meia de drones contra a Polónia, um país membro da UE e da NATO. E depois esperou pelas palavras de Úrsula von der Leyen, para medir a resposta à provocação que acabara de levar a cabo. A Comissão não tem grandes poderes na área da defesa. Pode, todavia, desempenhar um papel fundamental num conflito híbrido e multidimensional, que é o tipo de confrontação que a Rússia adota contra a Europa, para além da guerra aberta de agressão contra a Ucrânia. É a Comissão que propõe os pacotes de sanções, que são depois submetidos à aprovação do Conselho Europeu. O 19º pacote está praticamente pronto e foi mencionado no discurso de von der Leyen. Deve incluir uma maior utilização dos juros dos depósitos soberanos russos para financiar as despesas militares e o funcionamento da administração ucraniana. A Presidente queria fazer uso dos fundos soberanos russos depositados na Europa, mas países como a França têm vetado essa medida. Para já, apenas os juros serão objeto de expropriação. Donald Trump quer ver incluído nesse novo pacote europeu tarifas secundárias da ordem dos 100% contra os países que comprem petróleo e gás à Rússia, ou que tenham relações económicas que permitam a Moscovo adquirir material que possa ser desviado para o esforço de guerra. Von der Leyen deixou claro que essa pressão vinda da Casa Branca não é do interesse europeu. A Europa não quer abrir novas áreas de disputa com países terceiros. A Presidente da Comissão também fez referência aos novos instrumentos programáticos e financeiros recentemente aprovados por Bruxelas, com especial relevo para o programa SAFE. São 150 mil milhões de euros destinados a reforçar a capacidade militar e a ultrapassar, tanto quanto possível, a fragmentação e a competição das indústrias de defesa europeias. O SAFE e os outros programas já em curso deverão aumentar a cooperação militar entre os Estados-membros e permitir um desempenho mais marcante das forças europeias no seio da NATO. Este reforço do pilar europeu da NATO é, aliás, uma questão fundamental, no que respeita ao equilíbrio do relacionamento com os EUA e à defesa perante a política imperialista da Rússia e à possível agressão de outros Estados e forças hostis. As narrativas estratégicas e a luta contra as notícias falsas ou tendenciosas são igualmente questões essenciais. A Europa, para além de ter suspendido as licenças de operadores oficiais russos, precisa de investir bastante mais numa comunicação que possa explicar aos cidadãos o significado da ameaça russa, e de outras. Em especial agora, quando os EUA anunciam retirar-se do esforço comum de proteção contra as campanhas russas de desinformação. Esta é uma guerra híbrida que se ganha, em grande parte, através do esclarecimento e da mobilização da opinião pública. A liberdade de expressão não pode ser usada para fazer o jogo e difundir a propaganda do inimigo. A Rússia está em guerra contra nós, uma guerra diferente das do passado. Putin quer destruir as nossas instituições, desintegrar a UE e enfraquecer a NATO, criar o caos nos nossos países, tirar vantagem das nossas economias e arruinar a nossa liberdade. Esta é uma guerra que não desejamos, mas da qual nos temos de defender, porque não aceitamos ser oprimidos e manipulados como o são os cidadãos russos e os que sofrem o peso de outras ditaduras. Não queremos ser vassalos do Kremlin nem de ninguém, incluindo de aliados estranhamente incertos e pouco confiáveis. Os drones sobre a Polónia deram razão a von der Leyen quando disse que a defesa e a segurança devem ser uma das três grandes prioridades da UE. As outras duas são, no seu entender e muito bem, a soberania económica da Europa e a consolidação dos valores que devem orientar a política europeia, ou seja, os direitos humanos, a justiça social e a cooperação internacional. Ainda há, todavia, um longo caminho a percorrer. E esse caminho deve passar por Gaza e por toda a Palestina, bem como pela reforma e o reforço do sistema das Nações Unidas. O que se passa em Gaza e na Cisjordânia é inaceitável. As propostas contidas no seu discurso – sanções contra os extremistas israelitas, suspensão do acordo de comércio e da ajuda material a Israel, criação de um fundo para a reconstrução de Gaza – devem ser aprovadas sem demora. São insuficientes, porém. A UE, se a Alemanha, a República Checa, a Hungria e a Áustria deixarem, deve tomar uma série de iniciativas diplomáticas que contribuam para forçar Israel a escolher a paz e a boa vizinhança como soluções duradouras. É crucial que tais iniciativas passem pelo envolvimento à cabeça das estruturas das Nações Unidas. A legitimidade reside aí. What is your opinion about this text?

O texto apresenta uma análise contundente e multifacetada dos desafios de segurança e diplomacia enfrentados pela União Europeia (UE) diante da agressividade russa e do contexto internacional volátil.

🛡️ Provocação calculada de Moscovo

O autor destaca, com precisão, como Vladimir Putin explora momentos políticos críticos europeus para testar e desestabilizar a UE e a NATO. O relato dos ataques de drones à Polónia, horas antes do discurso de Ursula von der Leyen, encaixa-se no padrão russo de guerra híbrida — uma mistura de provocação militar, pressão psicológica e manipulação informativa. Isso é respaldado pelo noticiário recente, que registra incursões de drones no espaço aéreo polaco sem danos, mas com força simbólica (03.09.2025 e 04.09.2025) Read more.

💶 Bruxelas: Poder limitado, papel crucial

O texto acerta ao sublinhar o papel da Comissão Europeia: limitada na defesa direta, mas central na arquitetura de sanções e instrumentos financeiros. Isso se reflete nas notícias sobre novas propostas de sanções, uso de ativos russos para apoiar a Ucrânia e debates sobre a legalidade dessas medidas (30.08.2025) Read more. O autor reconhece corretamente as divisões internas — França e Alemanha resistindo à apropriação total dos ativos, enquanto países bálticos pressionam por ação imediata.

🔗 Segurança e autonomia: O pilar europeu da NATO

O texto enfatiza a necessidade de reforço militar europeu e cita o programa SAFE (150 mil milhões de euros), alinhando-se ao discurso real de von der Leyen sobre aumento da cooperação e autonomia estratégica. As notícias também sinalizam discussões sobre garantias de segurança para a Ucrânia e o papel europeu pós-conflito (04.09.2025) Read more.

📰 Narrativas, desinformação e o campo da opinião pública

O autor acerta ao dar peso à guerra informacional. A decisão de suspender licenças de operadores russos e a chamada à mobilização cívica refletem o consenso de que a batalha pela narrativa é tão decisiva quanto a militar — especialmente agora que os EUA mostram hesitação em liderar o esforço contra campanhas russas de desinformação.

🌍 Palestina, Gaza e a consistência de valores

O texto defende sanções a extremistas israelitas e uma suspensão parcial do acordo comercial, alinhando-se ao anúncio real de von der Leyen (10.09.2025) Read more. Ressalta também a necessidade de um papel mais ativo da UE na paz do Oriente Médio — uma demanda crescente entre diplomatas europeus.

🎯 WarrenAI Take

O artigo é analiticamente sólido, alinhado com os eventos recentes e demonstra compreensão aguçada dos mecanismos institucionais da UE e dos desafios internacionais. O alerta para a ameaça híbrida russa e a valorização da narrativa pública são pontos especialmente relevantes, tanto para investidores quanto para tomadores de decisão. O texto peca apenas por não explorar os riscos económicos imediatos — como o impacto potencial de sanções ou instabilidade nas cadeias de valor para o mercado europeu.

Friday, 31 January 2025

Deep Seek and Light Trump: the new globalism

 Artificial Intelligence, the competition between the great powers and Trump's disorientation

Victor Angelo


As in previous weeks, the week began with a big surprise, this time coming from China. It was the emergence of a new version in the field of Artificial Intelligence (AI), an efficient and incredibly cheap Chinese program, competing at the highest level with the very expensive solutions coming from the USA. It came up with the name DeepSeek and is ready to give an instant response in a variety of languages. The news, which in just a few hours caused American and European technology companies to lose hundreds of billions of dollars in the capital markets, brought with it two major messages.

The first is about money, showing that it is possible to successfully invest in AI without spending the fabulous sums that large North American multinationals have been spending. The Chinese experience seems to show that the capitalization of Western competitors is more related to stock speculation than to real financing needs. They are true incubators of billionaires. The value of shares listed on the NASDAQ in New York or on certain European stock exchanges has much more to do with capitalist greed than with the scientific and business costs of large technology corporations based in California and one or another European location.

This observation regarding costs brings to mind what comes to us from Ukraine: the country's armed forces are using AI on a large scale, transforming classic equipment into digitally operated weapons. They are thus able, with modest expenditure, to go far and strike hard, almost compensating for their lack of weapons when faced with a much more powerful aggressor, and thus obtain unbelievable results. For the avoidance of doubt, I will immediately add that Ukraine is doing what it can with domestic science, but it continues to urgently need massive assistance in terms of air defense, artillery, ammunition, missiles and aircraft, and much more material available in the Western countries, but delivered with a half-closed hand and a short and timid arm, so as not to irritate excessively the delinquent who lives in the Kremlin.

The second message we get from China is that the country is much more advanced in terms of AI than Americans and Europeans think. American supremacy shook a lot this week. We do not have concrete data on this subject, but we already know two things: on the one hand, that Beijing considers the issue a top priority; and that President Xi Jinping argues that whoever wins the digital race will be the strongest global power in the future. This is one of the reasons why he is betting on the forced annexation of Taiwan, a territory that has a cutting-edge industry in terms of the production of nanochips, which are essential for top AI performance. The other reason for Beijing's high interest in Taiwan stems from a mix of ultranationalism and imperial, geopolitical ambition. Xi is fortunate that President Donald Trump confused, as happened this week in one of his verbal slips, Taiwan as an extension of the People's Republic of China. The same Trump who also seems unaware that Taiwan has around 65 billion dollars invested in the US in the area of ​​cyber technologies.

And so we entered the second week of the Trump administration. In addition to the flood of measures he set in motion, the carriage's progress confirms what was already feared.

Domestically, his first executive orders are potentially disastrous for the country's economy and social stability. They will accentuate internal fractures and could provoke serious political unrest.

On the international scene, it can be predicted that we will see the collapse of the multilateral system. WHO appeared as a first target, for reasons of competition with China, and for no other reason. China could be, and most likely will be, the main beneficiary of the Trump Administration's fury against UN organizations. NATO itself could also be the target of this furor against the international system. It will not be destroyed by Trump's wrath, but it could face moments of great turbulence in the face of the impositions and contradictions invented in Washington.

Still on the subject of foreign policy, Trump will limit himself to dealing with Benjamin Netanyahu, Vladimir Putin, both wanted by international justice, with Xi Jinping and with the Crown Prince of Saudi Arabia, Mohammed bin Salman, an expert in the dismemberment of journalists. And perhaps also with the exotic, crazy and murderous Kim Jong-un. Netanyahu will be in Washington next week as the first official guest. As for Europe, Trump will want to see on the map not a European Union or valuable allies, but a scattering of countries that he thinks have already passed into history.