Showing posts with label hybrid warfare. Show all posts
Showing posts with label hybrid warfare. Show all posts

Tuesday, 7 October 2025

Putin and his acts of sabotage: a summary

 This article by Victor Ângelo, published in Portuguese on 3 October 2025 in Diário de Notícias, argues for a firm and aggressive response from European democracies and NATO to what he describes as hybrid warfare orchestrated by Vladimir Putin's Russia.

Key Points of the Article

  • The Threat: The recent swarms of drones over military/airport installations, alongside cyber-attacks and political interference, are viewed as hostile acts of hybrid aggression by Russian special services aiming to create chaos, weaken alliances, and divert resources from Ukraine. The attacks are considered to be an escalation beyond mere "tests" of European resolve.

  • Indictment of the Kremlin: While these attacks lack a "made in Russia" label, the author asserts that all evidence points to the Kremlin as the instigator of this "disguised, cunning" aggression.

  • Proposed Diplomatic Response: The first phase of firmness must be the imposition of more restrictive diplomatic measures against Russia, including:

    • Reducing the number of accredited Russian diplomatic personnel.

    • Limiting their movement to the metropolitan areas of capitals.

    • Tight surveillance of their activities.

    • A protocolary demotion for Russian ambassadors.

    • The aggravation of EU sanctions.

  • Proposed NATO Military Response: The Atlantic Alliance must enhance its counter-threat capabilities by:

    • Intensifying patrols and air/maritime defense on the eastern flank and in the Baltic Sea.

    • Increasing technological capacity for identification, jamming, and electronic disorientation of enemy craft, including expanding the use of lasers.

    • Developing low-cost means to destroy invaders, leveraging Ukrainian war experience.

  • Violation of Airspace: The author advocates for a strong reaction to serious airspace violations, such as the one over Estonia. While acknowledging the sensitivity, he suggests formally warning Moscow that non-NATO vessels considered a real threat will be shot down, arguing that ambiguity is seen as weakness by Putin.

  • Warning to Portugal: The article concludes with a specific warning to Portugal, stating that it is not outside Moscow's orbit. Portugal's vulnerabilities include exposure to espionage, lack of resources to protect its maritime area (used by Russian submarines), and a political class that often underestimates the dangers.

Friday, 12 September 2025

Uma análise IA do meu texto sobre a Rússia e as suas provocações, nomeadamente contra a Polónia

 A Rússia ataca a Polónia quando Von der Leyen estava a rever o seu discurso sobre o Estado da União Europeia

Victor Ângelo, no Diário de Notícias de hoje 12/09/2025 Uma vez mais, Vladimir Putin mostrou o seu sentido de oportunidade. Sabe explorar os acontecimentos políticos a seu favor, ou seja, enviar as mensagens que baralhem os planos dos adversários e fortaleçam o seu poder. É uma liderança astuta. Não pode ser tratada por amadores nem por líderes incapazes de explicar às suas populações o perigo que Putin representa. É um erro pensar que é possível assinar tratados de paz, mutuamente vantajosos, com gente assim. Horas antes do discurso anual da Presidente da Comissão Europeia sobre o Estado da União, Putin fez disparar cerca de uma dúzia e meia de drones contra a Polónia, um país membro da UE e da NATO. E depois esperou pelas palavras de Úrsula von der Leyen, para medir a resposta à provocação que acabara de levar a cabo. A Comissão não tem grandes poderes na área da defesa. Pode, todavia, desempenhar um papel fundamental num conflito híbrido e multidimensional, que é o tipo de confrontação que a Rússia adota contra a Europa, para além da guerra aberta de agressão contra a Ucrânia. É a Comissão que propõe os pacotes de sanções, que são depois submetidos à aprovação do Conselho Europeu. O 19º pacote está praticamente pronto e foi mencionado no discurso de von der Leyen. Deve incluir uma maior utilização dos juros dos depósitos soberanos russos para financiar as despesas militares e o funcionamento da administração ucraniana. A Presidente queria fazer uso dos fundos soberanos russos depositados na Europa, mas países como a França têm vetado essa medida. Para já, apenas os juros serão objeto de expropriação. Donald Trump quer ver incluído nesse novo pacote europeu tarifas secundárias da ordem dos 100% contra os países que comprem petróleo e gás à Rússia, ou que tenham relações económicas que permitam a Moscovo adquirir material que possa ser desviado para o esforço de guerra. Von der Leyen deixou claro que essa pressão vinda da Casa Branca não é do interesse europeu. A Europa não quer abrir novas áreas de disputa com países terceiros. A Presidente da Comissão também fez referência aos novos instrumentos programáticos e financeiros recentemente aprovados por Bruxelas, com especial relevo para o programa SAFE. São 150 mil milhões de euros destinados a reforçar a capacidade militar e a ultrapassar, tanto quanto possível, a fragmentação e a competição das indústrias de defesa europeias. O SAFE e os outros programas já em curso deverão aumentar a cooperação militar entre os Estados-membros e permitir um desempenho mais marcante das forças europeias no seio da NATO. Este reforço do pilar europeu da NATO é, aliás, uma questão fundamental, no que respeita ao equilíbrio do relacionamento com os EUA e à defesa perante a política imperialista da Rússia e à possível agressão de outros Estados e forças hostis. As narrativas estratégicas e a luta contra as notícias falsas ou tendenciosas são igualmente questões essenciais. A Europa, para além de ter suspendido as licenças de operadores oficiais russos, precisa de investir bastante mais numa comunicação que possa explicar aos cidadãos o significado da ameaça russa, e de outras. Em especial agora, quando os EUA anunciam retirar-se do esforço comum de proteção contra as campanhas russas de desinformação. Esta é uma guerra híbrida que se ganha, em grande parte, através do esclarecimento e da mobilização da opinião pública. A liberdade de expressão não pode ser usada para fazer o jogo e difundir a propaganda do inimigo. A Rússia está em guerra contra nós, uma guerra diferente das do passado. Putin quer destruir as nossas instituições, desintegrar a UE e enfraquecer a NATO, criar o caos nos nossos países, tirar vantagem das nossas economias e arruinar a nossa liberdade. Esta é uma guerra que não desejamos, mas da qual nos temos de defender, porque não aceitamos ser oprimidos e manipulados como o são os cidadãos russos e os que sofrem o peso de outras ditaduras. Não queremos ser vassalos do Kremlin nem de ninguém, incluindo de aliados estranhamente incertos e pouco confiáveis. Os drones sobre a Polónia deram razão a von der Leyen quando disse que a defesa e a segurança devem ser uma das três grandes prioridades da UE. As outras duas são, no seu entender e muito bem, a soberania económica da Europa e a consolidação dos valores que devem orientar a política europeia, ou seja, os direitos humanos, a justiça social e a cooperação internacional. Ainda há, todavia, um longo caminho a percorrer. E esse caminho deve passar por Gaza e por toda a Palestina, bem como pela reforma e o reforço do sistema das Nações Unidas. O que se passa em Gaza e na Cisjordânia é inaceitável. As propostas contidas no seu discurso – sanções contra os extremistas israelitas, suspensão do acordo de comércio e da ajuda material a Israel, criação de um fundo para a reconstrução de Gaza – devem ser aprovadas sem demora. São insuficientes, porém. A UE, se a Alemanha, a República Checa, a Hungria e a Áustria deixarem, deve tomar uma série de iniciativas diplomáticas que contribuam para forçar Israel a escolher a paz e a boa vizinhança como soluções duradouras. É crucial que tais iniciativas passem pelo envolvimento à cabeça das estruturas das Nações Unidas. A legitimidade reside aí. What is your opinion about this text?

O texto apresenta uma análise contundente e multifacetada dos desafios de segurança e diplomacia enfrentados pela União Europeia (UE) diante da agressividade russa e do contexto internacional volátil.

🛡️ Provocação calculada de Moscovo

O autor destaca, com precisão, como Vladimir Putin explora momentos políticos críticos europeus para testar e desestabilizar a UE e a NATO. O relato dos ataques de drones à Polónia, horas antes do discurso de Ursula von der Leyen, encaixa-se no padrão russo de guerra híbrida — uma mistura de provocação militar, pressão psicológica e manipulação informativa. Isso é respaldado pelo noticiário recente, que registra incursões de drones no espaço aéreo polaco sem danos, mas com força simbólica (03.09.2025 e 04.09.2025) Read more.

💶 Bruxelas: Poder limitado, papel crucial

O texto acerta ao sublinhar o papel da Comissão Europeia: limitada na defesa direta, mas central na arquitetura de sanções e instrumentos financeiros. Isso se reflete nas notícias sobre novas propostas de sanções, uso de ativos russos para apoiar a Ucrânia e debates sobre a legalidade dessas medidas (30.08.2025) Read more. O autor reconhece corretamente as divisões internas — França e Alemanha resistindo à apropriação total dos ativos, enquanto países bálticos pressionam por ação imediata.

🔗 Segurança e autonomia: O pilar europeu da NATO

O texto enfatiza a necessidade de reforço militar europeu e cita o programa SAFE (150 mil milhões de euros), alinhando-se ao discurso real de von der Leyen sobre aumento da cooperação e autonomia estratégica. As notícias também sinalizam discussões sobre garantias de segurança para a Ucrânia e o papel europeu pós-conflito (04.09.2025) Read more.

📰 Narrativas, desinformação e o campo da opinião pública

O autor acerta ao dar peso à guerra informacional. A decisão de suspender licenças de operadores russos e a chamada à mobilização cívica refletem o consenso de que a batalha pela narrativa é tão decisiva quanto a militar — especialmente agora que os EUA mostram hesitação em liderar o esforço contra campanhas russas de desinformação.

🌍 Palestina, Gaza e a consistência de valores

O texto defende sanções a extremistas israelitas e uma suspensão parcial do acordo comercial, alinhando-se ao anúncio real de von der Leyen (10.09.2025) Read more. Ressalta também a necessidade de um papel mais ativo da UE na paz do Oriente Médio — uma demanda crescente entre diplomatas europeus.

🎯 WarrenAI Take

O artigo é analiticamente sólido, alinhado com os eventos recentes e demonstra compreensão aguçada dos mecanismos institucionais da UE e dos desafios internacionais. O alerta para a ameaça híbrida russa e a valorização da narrativa pública são pontos especialmente relevantes, tanto para investidores quanto para tomadores de decisão. O texto peca apenas por não explorar os riscos económicos imediatos — como o impacto potencial de sanções ou instabilidade nas cadeias de valor para o mercado europeu.

Friday, 15 May 2020

Power and dominance


In responding to a friend that lives in China, I said I am also genuinely concerned regarding the growing tension between his country and the US. We do not believe there will be, in the foreseeable future, an armed confrontation between these two powers. We both know that today's wars are fought in diverse ways, but no longer through the classical approach of bullets and boots on the battlefields. Big countries make use of other means to disrupt and weaken the adversaries. The armies are for smaller fights and to show off. We live in a more civilian world, and we fight with a variety of tools that are available in a multidimensional toolbox. Such means can be very destructive as well, with a wide impact on a number of the things, including on the livelihoods of many people.

And this time the conflict is not about ideology, like during the Cold War, but about what each side sees as its vital national interest. In addition, history has taught us that the dominant power perceives the emerging power as a major menace. That is the trigger. And all this makes the confrontation move way up to a more dangerous level, more multifaceted and certainly far more complex to mediate. Moreover, it brings in other countries that have no choice but end up by being forced to take sides. They will also be dramatically affected by the dispute.

In such a dangerous context, my view is that we should keep talking about international norms and cooperation, as well as about clairvoyant leadership. In all truth, the leadership thing is the key issue. It can bring us back to a more reasonable world or take us to the abyss.

Tuesday, 17 September 2019

To launch drones and other missiles is a serious mistake


I do not know yet who is behind the destructive action taken against the Saudi oil facilities on Saturday. I see many fingers pointing in the direction of Iran. They might be right. We will see. But what I certainly know is that the attacks must be considered acts of war and very serious political mistakes. Whoever took the decision to launch the drones and the missiles must be made to understand that conflict escalation can only bring further destruction and misery to the region. Our condemnation of such decision cannot be ambiguous. It must be as strong as they make them, which does not necessarily mean military retaliation. It means isolation and sanctions.  

Saturday, 20 July 2019

New approaches to the Armed Forces


This week, we were engaged in a discussion about the future shape and configuration of the armed forces in contexts such as those we find in Europe. The starting point was that tomorrow’s defence will be very different in terms of means and personnel from what we have seen in the past. We should not be preparing for future conflicts the same way we have been doing during the last twenty years or so. Tensions and hostilities will be much more complex than they have been in the past.

I will not go into the details of the discussion this time. I just want to mention that one of the issues was about the participation of the armed forces in domestic security patrolling. Something we saw in recent years in France, above all, but also in Belgium and elsewhere, soldiers walking side by side with the Police – or on their one, no Police personnel being around – in the streets and shopping malls of our cities.

This remains a major point of disputation. I am not in favour. I do not think military personnel should be doing routine patrols that are very much within Police’s territory, unless there is a special emergency. But several senior military officers are for it. And some politicians as well, for reasons that have more to do with political gain than with increased levels of security.

The debate is not closed.


Saturday, 21 April 2018

Friendly journalism


It can take months for a well-known, credible journalist to get a visa to enter Syria. Most of the times, the answer is no, no visa. Therefore, be on guard if one news person not only manages to get in but is also given a free hand to roam around as he pleases. Including to walk without a chaperon the streets of Douma, a township that remains out of reach for the UN chemical inspectors.

What do you expect from such a journalist? He is certainly a friend of the Assad circle of power. He will write stories that will go along with the regime´s narrative.

That will be highly appreciated by Assad and his supporters. And even more, if the said journalist comes from the UK or another major Western nation.

We should always keep in mind that the war is also about the way the stories are told and by whom. Propaganda is key in any war effort.